quinta-feira, 30 de abril de 2009

O futuro da comunicação? Google quer que seja dele

http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/05/28/o-futuro-da-comunicacao-google-quer-que-seja-dele/


Por Felipe Morais
O futuro da comunicação é um assunto constantemente discutido pelo mercado e vem sempre à tona em blogs, sites especializados, seminários ou em encontros profissionais casuais. Cada um tem uma teoria, uma análise, um pensamento e uma opinião. Certos ou errados, pouco importa, pois só o tempo dirá quem tem a razão.

O interessante é que não há verdades ou mentiras. Na matemática, 2 + 2 = 4. Na comunicação, a resposta pode ser 1, 2, 3, 4, 5… Não há uma resposta exata.

Todas são discussões válidas. Sempre é bom saber como os anunciantes, veículos e agências vêem a comunicação e claro que cada um quer puxar a “sardinha para o seu lado”. Há divergências nas opiniões, o que ajuda a enriquecer as diversas teorias da comunicação e marketing existentes até hoje, presentes em livros, artigos, sites, aulas, palestras e seminários.

Assim, gostaria de lançar mais uma entre as diversas já existentes.

O futuro da comunicação, na minha modesta opinião, será muito simples. Anunciantes e agências hoje possuem uma gama extensa de mídias (TV, rádio, outdoor, web, revistas…) representados por diversos veículos, separados por editoras, sites, emissoras e exibidoras de mídia.

Os profissionais de mídia têm diversos números para analisar, veículos e executivos para negociar, custos, análises de custo por mídia, custo por um, GRPs e TRPs, sempre com o objetivo de fazer “mais por menos”, ou seja, mais impactos por menos dinheiro do anunciante.

No futuro – e não muito distante – os profissionais poderão olhar apenas para uma empresa e ter a certeza de que a sua campanha será um sucesso: para o Google, especificamente.

Veículos vão se adaptar ao sistema do gigante da web e tê-lo com um “parceiro necessário”.

Não é de hoje que aponto em meu blog que o Google tende a ser o grande centralizador da mídia online. Links patrocinados hoje representam apenas uma das inúmeras ferramentas da empresa. Amanhã este tipo de anúncio será apenas mais um dos recursos para as campanhas dos anunciantes impactarem o consumidor onde quer que ele esteja.

Diariamente temos notícias de quanto o Google está se movimentando. Seja comprando uma empresa de marketing digital como a Doubleclick, lançando novas ferramentas ou se preparando para ser uma empresa que comercializa mídia em jornais, rádio e TV. Ou ainda uma nova investida: a comercialização de um outdoor diferente, que conectado à internet exibiria anúncios de lojas locais.

A venda de espaço para os varejistas seria feita através da internet - seguindo o mesmo modelo que hoje o Google oferece a quem anuncia nos sites do serviço Adsense, o que demonstra a clara idéia do Google em expandir sua receita publicitária para além da internet.

A empresa já prepara também investimentos em outras mídias digitais como mobile marketing e games. As redes sociais que possui – Orkut e YouTube - estão começando agora a comercializar publicidade, mas ainda com os links. O YouTube já tem canal patrocinado onde o anunciante pode colocar seu comercial de TV na home do site. Espera-se em breve novas formas de propaganda em toda a rede Google.

Com todas essas aquisições e investidas em áreas fora do digital, volto a afirmar que na minha modesta teoria o futuro da comunicação está cada vez mais fácil, alinhando aos conceitos de segmentação, regionalização e mercado de nichos. Bastará aos profissionais de mídia avaliarem sua verba e praça e ver quais ferramentas do Google se adequam à marca do seu cliente. Depois é negociar com o Google os famosos descontos e analisar os resultados - claro que com as métricas do Google, como o Google Analytics.

Post de Bruno Moretti Rezende

Certa vez...




Certa vez um "grande" amigo me ingadou: Quantos tempos existem mesmo?

Vamos lá vou tentar responder.

O que é realmente o tempo? Bom, em muitas visões o tempo nada mais é que uma busca desenfreada contra o dia-a-dia, contra o corre corre de uma grande cidade. Para outros o tempo foi criado para a organização geral do planeta, sem ele nada seria controlado e a desordem cairia sobre nossas cabeças.

Quantos tempos existem de fato eu não saberia responder, acredito que ele sirva para controlar a humanidade, sim, pois enquanto uns dormem outros assistem TV do outro lado. Parece loucura? Pois é, mas não é o homem de hoje é monitorado 24h por dia sim, pelo seu celular novo, pela internet que é onde ele posta sua vida que todos podem ver, na mídia, na TV (reality shows), etc.

Você é influenciado? Você gosta de tal modernidade que nos rodeia? Admita sim.
Claro que você é influenciado na TV que vc assisti, na roupa que você veste, no celular novo que você acabou de comprar, a vida te influencia. Eu sei!

Ahh e claro que você gosta dessa modernidade aconchegante dos dias de hoje, o que seria dessa pobre menina aqui sem um celular e um e-mail? Acho que nada, mas um dia eu aprendo.

Bom, voltando a pergunta do meu amigo, acho que existem sim vários tempos modernos ou não. Existem os tempos que já se passaram, mas que fazem falta, existe o tempo que você leva do trabalho para casa, o tempo de aula, o tempo com sua família, com seu namorado, o tempo de uma prova, o tempo onde as histórias se escondem e são lembradas.

Existe ainda um tempo de piscar de olhos que pode passar sem você perceber ou aquele que você espera tanto para acontecer que quando acontece passa tão rápido que você fica PUTA (com o perdão da palavra).

Ahh, ele me fez outra pergunta um dia desses: “Podemos dominar de fato o mundo com tecnologia?”

Acredito que isso não ocorrerá, podemos evoluir sim, com o aumento de novas tecnologias e novas ciências e isso irá acontecer daqui uns anos, novas mídias, novos olhares para a comunicação, o tempo será bem mais curto e passará bem mais depressa. Mas dominar não seria muito bem a palavra, mas movimentar o mundo melhor, as pessoas estarão bem mais interligadas entre si. O homem inventou a máquina e é ele que modifica funções e dados.

- <<< ------ A MEDUSA & A HIBRIDIZAÇÃO ------ >>> - ------------- As relações entre as extensões -------------


-A Medusa possui serpentes saindo da sua cabeça e os seres humanos possuem as extensões, que são desdobramentos mutáveis do seu próprio corpo.

-O cruzamento narcotizante dos meios de comunicação gera a hibridização dos mesmos, através das relações entre as extensões.

-Da mesma forma que a Medusa petrificava quem olhasse em seus olhos, em 1450, a invenção da prensa promoveu um tipo de “adestramento” nos olhos das pessoas, anunciando um mundo composto por imagens absolutamente narcotizantes.

-Esse híbrido denominado prensa tornou a cultura visual e permitiu a rápida difusão da informação e do conhecimento, criando a sociedade de consumo e posteriormente a pulverização de suportes e a cultura das mídias.

-No entanto, a convivência e a convergência de suportes da cultura digital gera um questionamento quanto ao futuro dos mesmos...

-Com a mudança dos paradigmas, qual suporte se beneficiará tecnologicamente, evoluindo e aperfeiçoando a técnica? Qual suporte será “aniquilado” com o consumo individualizado, em meio à multiplicidade de escolhas e opções? A rapidez e a praticidade realmente determinam esse processo de perpetuação ou encerramento dos suportes?

-Esses questionamentos surgiram a partir da criação de “conceitos movediços”, que oscilam gradativamente no gigantesco volume do fluxo de informações.

-:: Julyana Rossato ::


-Imagem: -

terça-feira, 28 de abril de 2009

Laptop revoluciona a Educação Digital no Brasil

Promover a inclusão digital e revolucionar a educação nos países pobres. Essa é a proposta da organização não-governamental One Laptop Per Child (OLPC), que pretende repassar computadores portáteis para um bilhão de estudantes e professores no mundo todo. No Brasil, os responsáveis pelo projeto mantêm experiências com os protótipos do notebook em São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Piraí (RJ) e Palmas, no Tocantins.
Em São Paulo, o estudo é realizado pelos pesquisadores do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da USP. Desde o início do ano o grupo mantém projeto piloto com os alunos e professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Ernani Silva Bruno, do bairro de Parada de Taipas, zona norte da capital.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Uso da web aumenta entre os idosos dos países desenvolvidos

Cresce o número de pessoas com internet em casa, idosos que conheceram a rede se comunicam e até fazem compras. Mas ainda é um momento de adaptação para os idosos, pois estes encontram dificuldades na hora de ler e navegar, devido as frases juntas e o manuseio do mouse, em consequência dos problemas com movimento. Ainda assim, é um verdadeiro avanço a internet alcançar pessoas que a princípio demonstravam ter 'medo' do computador.

Analina Arouche

AFP /Madri, 22 de Abril de 2009 - Depois que os mais jovens lideraram a expansão da internet desde o seu surgimento, nos últimos tempos o maior incremento de uso da rede nos países desenvolvidos foi protagonizado pelas pessoas com 70 anos ou mais, de acordo com estudiosos reunidos em um congresso em Madrid.

"As pessoas com mais idade são o grupo demográfico que mais rápido está crescendo na internet", disse Vicki Hanson, professora da universidade escocesa de Dundee, no 18º Congresso Internacional World Wide Web, que se realiza esta semana em Madrid coincidindo com o 20º aniversário do nascimento da web.

Em 2005, nos Estados Unidos apenas 26% das pessoas de 70 a 75 anos se conectavam à internet, enquanto no ano passado, o número passou a ser de 45% deste grupo de idade, segundo dados do estudo Pew Internet & American Life Project, realizado no país e citado por Hanson.

A porcentagem de estadunidenses de 76 anos ou mais que utilizam a rede cresceu neste período de l17% a 27%.

O Reino Unido tem experimentado incrementos similares neste segmento de idade, indicou Andrew Arch, do Consórcio World Wide Web (W3C), a principal organização que mede o uso da rede.

As pessoas de mais idade "estão fazendo as mesmas coisas que os demais: utilizar a internet para se comunicar e logo, rapidamente para outras atividades como buscar informação, para movimentos bancários e para realizar compras", explicou Arch, que trabalha para melhorar o acesso de idosos e os menos capacitados à rede.

Enviar e receber correios eletrônicos é o que mais fazem os de 64 em diante, segundo o estudo.

Mas os usuários de mais idade efetuam menos compras e movimentos de suas contas bancárias que os jovens, e utilizam menos as redes sociais.

"Não estão no Twitter" segundo Hanson, em alusão a esta rede social de crescente popularidade sobretudo depois que a apresentadora estadunidense Oprah Winfrey entrou no microblog.

Os estudiosos em internet esperam que a população com mais de 60 anos aumente 20% em 2050, motivo pelo qual os idosos seguirão crescendo no uso da rede.

Além disso, navegar pela rede será cada vez mais indispensável para mais trabalhadores, seja qual idade que tenham. Mas os problemas físicos que chegam com a idade seguem sendo uma barreira para os idosos se conectarem. A visão reduzida pode dificultar a leitura, e a artrite e os problemas de movimento são alguns dos obstáculos para manejar o mouse.

Adaptação

As páginas web podem facilitar o acesso dos idosos com uma letra de tamanho grande, maiores contrastes e mais espaço entre cada frase, propôs Arch.

"O típico criador de páginas web não se dá conta da velocidade com que o mundo está envelhecendo", comentou, indicando mudança para facilitar o uso da rede a pessoas de qualquer idade.

O número de pessoas que usam a internet já superado o 1 bilhão pela primeira vez, segundo dados da companhia comScore, que inclui a usuários maiores de 15 anos e exclui o acesso nos cibercafés e através de telefones móveis.

(Gazeta Mercantil/Pág. C8)

Imagem: AdNews - http://www.adnews.com.br/cultura.php?id=87110

Unesco lança biblioteca mundial digital na internet


Impressionante! Agora através da internet é possível ter acesso a algumas bibliotecas internacionais, manuscritos, mapas, filmes, entre outros. Podemos saber mais sobre a história de outros países sem sair do lugar! TUDO está ficando cada vez mais próximo de nós... bastam alguns 'cliques'!

Analina Arouche


Foi lançada nesta terça-feira (21) pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a Biblioteca Digital Mundial.

O projeto idealizado pelo Bibliotecário do Congresso dos EUA, James H. Billington e apresentado à Unesco em 2005, busca promover a conscientização multicultural por meio da consulta e acesso dos conteúdos históricos de outros países.

Inicialmente, a biblioteca virtual tem o apoio de 32 instituições culturais e bibliotecas de países como China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, México, Rússia, Arábia Saudita, Egito, Uganda, Israel e Japão. Entre as parceiras também está a Biblioteca Nacional do Brasil.

O acervo conta com dezenas de milhares de livros, imagens, manuscritos, mapas, filmes e gravações que foram digitalizados e traduzidos para os principais idiomas da ONU (árabe, chinês, inglês, francês, português, russo e espanhol).

Além do sistema de navegação e busca de documentos nos sete idiomas oficiais, o portal também oferece obras em outras línguas. Até o momento, o acervo já possui tesouros culturais como a obra da literatura japonesa 'O Conde de Genji', do século XI, e uma pintura de pintura de 8 mil anos com imagens de antílopes ensanguentados, que se encontra na África do Sul.

Além do site, a Unesco também está lançando uma campanha para que mais países se tornem parceiros da Biblioteca. Segundo Abdelaziz Abid, coordenador do projeto, as instituições que fornecerem seus acervos continuam sendo proprietárias desse conteúdo. "O fato de ele estar no site da Unesco não impede que seja proposto também a outras bibliotecas", explicou. O objetivo da Unesco é chegar a 60 instituições até o final do ano.

Com informações das agências internacionais

Redação Adnews

(http://www.adnews.com.br/internet.php?id=87097)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O jornalismo e seus truques nas informações
''Interpretações diversas atrapalha na formação de opinião''
Por Caroline Dantas
O jornalismo como instituição, que tem a função de informar as pessoas, passa por um grande problema que surge nas empresas jornalísticas, as redações e afeta diretamente na sociedade. O jornalismo com seus “ toques mágicos” diante das notícias, faz com que a sociedade já não mais acredite no jornalismo como defensor da opinião pública.
Fornecedor de informação, o jornalismo trata a sociedade, esta que designou a função de lhes informar, em uma espécie de camuflagem, pensando que , um simples ato de modificar as notícias que lhe é atribuída por meio de investigações e verificações, a sociedade não enxergará os truques desta. Pecados cometidos nas notícias estão bem visíveis no jornalismo de hoje. A falta de veracidade perante os fatos, a terrível mania de alguns profissionais não checar o que realmente há no fato e simplesmente “achar” que é cabível atribuir alguns “pequenos” detalhes para o entendimento da sociedade, como dizem... “Isto foi para o bem de vocês”, camuflar em suas matérias detalhes que mudariam a sociedade de alguma maneira, esconder nomes de pessoas que tem poder, para não correr o risco de perder anunciantes e aliados. Mas como pode acontecer isso se o jornalismo existe exatamente para combater fraude e não se tornar um elemento fraudulento?. Recorda-se também a forma como o jornalismo lida com a sociedade ao pautar o seu dia-a-dia; assuntos sem o menor conteúdo avaliativo sem nenhuma relevância, assim como, em matérias nos jornais, revistas e televisão que se sujeitam a falar da vida pessoal, para milhares de pessoas. Ato este conhecido como voyerismo; observar a vida alheia, ou até mesmo fatos de extremo risco, exemplo o caso da garota Eloá Cristina Pimentel de 15 anos, que foi assassinada pelo ex namorado Lindemberg Alves, 22 anos, por conta da separação. Então a imprensa como grande “aliada” preocupada com a sociedade, diz ter feito seu papel como um fórum público, que ouviu a população, abriu discussão para entender o porque do jovem fazer isso com a ex namorada, mas tudo isso não passou de um grande circo armado diante da tragédia passada pela garota e sua família, pois queriam apenas ter o scoop, furo de reportagem. Óbvio que todos os veículos de comunicação estavam com anseios em novos acontecimentos no caso.
Então fica a pergunta, como a sociedade irá confiar no jornalismo, como grande protetor,já que este não cumpre com seu papel que nada mais é que lealdade, veracidade com a sociedade e com a informação?
Portanto, para que a instituição da informação não perca os aliados mais importantes, a sociedade é primordial que não mais diversifiquem suas interpretações em apenas um assunto, não esquecendo que o Jornalismo trabalha apenas para formar opiniões.
* Fontes: Livros- Os elementos do Jornalismo-Bill Kovach/ Tom Rosenstiel
Padrões de manipulação da grande imprensa- Perceu Abramo

domingo, 19 de abril de 2009

INTERTEXTUALIDADE

Vivemos em um mundo que está sempre em constante mudança, tudo ao nosso redor muda, inclusive os seres-humanos. Somos mudados com a música que escutamos, com o poema, com o livro que lemos, com o filme que vimos, com a fala e com a escuta, e nossa mudança faz com que transformemos o espaço. Somos o próprio espaço modificando o outro espaço que por consequência também nos modifica.
Tudo isso faz com que a nossa fala, a nossa escrita, o nosso discurso seja intertextual, um grande conjunto de “coisas”. É praticamente impossível escrever ou dizer “coisas” que sejam somente minha, pois somos aquilo que ouvimos da nossa mãe e do nosso pai, o que aprendemos com os amigos, o que vimos e o que lemos. Somos a mistura de todas as outras coisas que entraram em contato conosco, sejamos de acordo com elas ou não. E por isso quando escrevemos ou falamos, mencionamos filmes, escritores, filósofos e etc.
É como ler um bom livro e mencionar trechos dele ou ver um bom filme e fazer comentários sobre ele. Tudo ao nosso redor de certa forma influência na nossa escrita, nas nossas atitudes e no modo de pensar, e esse é o mundo da Intertextualidade, um texto com outros textos, não apenas porque validam nossos pensamentos, mas também porque passam a ser nossos pensamentos. A verdade é que o que era deles passa a ser nosso também e o que é nosso também passará a ser de outros. É um compartilhamento de ideias e de pensamentos, uma troca de conhecimento.
Este é o mundo da intertextualidade.


Nayelen Carvalho Lopes

Reféns do celular

Por diversas vezes discutimos em sala de aula o poder que o celular tem sobre nós e a forma como nos tornamos dependentes dele. Diante desse quadro, Walcyr Carrasco escreveu a crônica abaixo para a Veja São Paulo da semana retrasada (edição de 8 de abril) que mostra na prática todo esse vínculo que criamos com o aparelho. Interessante notar que as situações são incrivelmente verdadeiras e que já não temos mais como fugir delas.

Gabriela Pio


A vida sem celular*

O inevitável aconteceu: perdi meu celular. Estava no bolso da calça. Voltei do Rio de Janeiro, peguei um taxi no aeroporto. Deve ter caído no banco e não percebi. Tentei ligar para o meu próprio número. Deu caixa postal. Provavelmente eu o desliguei no embarque e esqueci de ativá-lo novamente. Meu quarto parece uma trincheira de guerra de tanto procurá-lo. Agora me rendo? Sou um homem sem celular.
O primeiro sentimento é de pânico. Como vou falar com meus amigos? Como vão me encontrar? Estou desconectado do mundo, nunca botei minha agenda em programa de computador, para simplesmente recarregá-la em um novo aparelho. Será árduo garimpar os números da família, amigos, contatos profissionais. E se alguém me ligar com um assunto importante? A insegurança é total.
Reflito. Podem me achar pelo telefone fixo. Meus amigos me encontrarão, pois são meus amigos. Eu os buscarei, é óbvio. Então por que tanto terror?
Há alguns anos – nem tantos assim – ninguém tinha celular. A implantação demorou por aqui, em relação a outros países. E a vida seguia. Se alguém precisasse falar comigo, deixava recado. Depois eu chamava de volta. Se estivesse aguardando um trabalho. Por exemplo, ficava esperto. Ligava perguntando se havia novidades; muitas coisas demoravam para acontecer. Mas as pessoas contavam com essa demora. Não era realmente ruim.
Saía tranqüilo, sem risco de que me encontrassem a qualquer momento, por qualquer bobagem. A maior parte das pessoas vê urgência onde absolutamente não há. Ligam afobadas para fazer uma pergunta qualquer. Se não chamo de volta, até se ofendem.
- Eu estava no cinema, depois fui jantar, bater papo.
- É... Mas podia ter ligado!
Como dizer que podia, mas não queria?
Vejo motoristas de táxi tentando se desvencilhar de um telefonema.
- Agora não posso falar, estou dirigindo.
- Só mais uma coisinha...
Fico apavorado no banco enquanto ele faz curvas e curvas, uma única mão no volante. Muita gente não consegue desligar mesmo quando se explica ser impossível falar. Dá um nervoso!
A maioria dos chefes sente-se no direito de ligar para o subordinado a qualquer hora. Noites, fins de semana, tudo submergiu numa contínua atividade profissional. No relacionamento pessoal ocorre o mesmo.
- Onde você está? Estou ouvindo uma farra aí atrás.
- Vendo televisão! É um comercial de cerveja!
Um amigo se recusa a ter celular.
- Fico mais livre.
Às vezes um colega de trabalho reclama:
- Precisava falar com você, mas não te achei.
- Não era para achar mesmo.
Há quem desfrute o melhor. Conheço uma representante de vendas que trabalha na praia durante o verão. Enquanto torra ao sol, compra, vende, negocia. Mas, às vezes, quando está para fechar o negócio mais importante do mês, o aparelho fica fora de área. Ela quase enlouquece!
Pois é. O celular costuma ficar fora de área nos momentos mais terríveis. Parece que de propósito! Como em um recente acidente automobilístico que me aconteceu. Eu estava bem, mas precisava falar com a seguradora. O carro em uma rua movimentada. E o celular mudo! Quase pirei! E quando descarrega no melhor do papo, ou, pior, no meio da briga, dando a impressão de que desliguei na cara?
Na minha infância, não tinha nem telefone em casa. Agora não suporto a idéia de passar um dia desconectado. É incrível como o mundo moderno cria necessidade. Viver conectado virou vício. Talvez o dia a dia fosse mais calmo sem celular. Mas vou correndo comprar um novo!

*por Walcyr Carrasco

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Jornalismo uma adaptação da realidade

Jornalismo uma adaptação da realidade

Com base na aula do professor Marcio pude perceber que o jornalismo é uma grande adaptação que depende do jornalista, da ética e dos valores do mesmo e
Do meio onde ele trabalha, “o resultado de uma matéria vai depender do repertório deste profissional” da forma que ele vai adaptar para o público as informações que colheu das fontes “por mais que o jornalista acredite que a adaptação se limita apenas ao meio de ficção” como por exemplo a adaptação de um livro para filme, teatro etc, o jornalista se torna um grande adaptador de “realidades” quando escreve uma matéria pensando no que vai agradar o público



Matilde Freitas

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Remodelando a TV Brasileira

As convergências de mídias mudam o comportamento dos jovens brasileiros fazendo com que eles busqem variedades de entretenimento e eles estão desinteressados cada vez mais nas novelas . Deixando, muitas vezes, de assistir à televisão. O telespectador de agora é bem mais exigente. O público quer ser supreendido e não aceita antigos padrões que pecam pela fuga da realidade .A audiência também passou a ser compartilhada com as músicas e videos na internet. Com a queda da audiência a televisão brasileira passa por uma profunda remodelagem na programação e aposta em formato de sucesso da TV por assinatura e na produção própria de seriados e reality shows para garantir melhores índices de audiência. A TV brasileira aposta na produção de seriados das emissoras de canais abertos espelhando-se nos padrões internacionais.


Maria Alves

Qual o futuro dos jornais impressos?

O texto abaixo, na verdade um artigo, refere-se ao jornalismo como um todo e suas alterações no decorrer da convergência das mídias. Interessante como o autor explora a defasagem na leitura de jornais impressos e como estes devem reduzir de quantidade significativamente.

Analina Arouche



Marcos Troyjo*

Crise. Eis a palavra de ordem para jornais no mundo inteiro. Penúria, dificuldade. Momento, como sugeria Antonio Gramsci, em que o velho ainda não morreu e o novo tampouco nasceu.

Mas crise é também julgamento, exame, avaliação. E, nesse repensar, as perguntas: o que acontecerá com o jornalismo impresso? Qual o futuro da mídia? Vale começar, contudo, com o que está acontecendo agora; com o presente da mídia.

Esta conjuntura de 2009, em meio ao turbilhão que varre a economia global, é de um mundo em que:

- a maior empresa de mídia, o Google, não produz um único grama de conteúdo sequer;

- jornais comem poeira da TV, rádios, instant messengers e noticiosos on-line nos chamados "furos", cada vez mais raros - e, vale dizer, dispensáveis - na mídia impressa;

- na Wikipedia, a enciclopédia colaborativa on-line, há 12 vezes mais verbetes do que na Enciclopédia Britânica, com diferencial de erros desprezível;

- o The New York Times, maior marca de mídia impressa do planeta, perdeu 50% de sua circulação paga nos últimos cinco anos;

- o Clarín, jornal argentino, o maior da América Latina, não tem um assinante sequer;

- a redação do maior jornal de economia em espanhol, o Expansión, funciona numa laje de 120 mem Madri; - no Brasil, onde a densidade digital da sociedade ainda é relativamente baixa, a venda de celulares ultrapassa a de computadores, que por seu turno supera a de televisores;

- 1 em cada 4 indivíduos encontra-se plugado na internet;

- centros dinâmicos de empreendedorismo e conhecimento como Boston, Seattle e São Francisco estão perdendo seus tradicionais Globe, Post-Intelligencer e Chronicle. O Boston Globe, a propósito, comprado pelo Grupo NYT há 16 anos por US$ 1 bilhão, está à venda nesta semana por US$ 12 milhões.

A julgar por esse quadro, parece anacrônica a questão se os jornais um dia irão acabar. Com base no fracasso de modelos de negócios tradicionais, eles já acabaram.

Como explicar então o inegável fato de que as pessoas estão cada vez mais bem informadas, que nunca se consumiram doses tão abundantes de notícias, análises, opiniões; que nunca o jornalismo repercutiu tanto?

Além de apontar o óbvio paradoxo de que a disponibilidade da informação vem (fatalmente, para a imprensa) acompanhada de gratuidade, há que sublinhar: não é apenas a mídia (meios) que mudou, mas também a origem e os destinos da informação.

A origem, há um tempo restrita à redação de cada jornal, hoje está no universo de sites, agências de notícias, blogs, vlogs, universidades, nas empresas de qualquer ramo. Circula, enfim, no ciberespaço. O destino, na mesma medida, que segmentava, por mídia, o tipo de consumidor em suas várias formas (leitor, ouvinte, telespectador, internauta, etc.) condensa-se progressivamente graças à convergência tecnológica.

Daí surgir mesmo um novo profissional de mídia. Muito preparo e talento na comunicação via texto, som, vídeo. Distinto do profissional passivo, pautado, monomídia, apenas "jornalista".

Ele hoje tem de ser um publisher capaz de operar em várias plataformas e atento aos vários aspectos do "negócio", além do conteúdo. E, é claro, uma fixação com o aprimoramento constante que beira o "apenas os paranóicos sobrevivem", conforme o ensinamento de Andrew Grove, o fundador da Intel. Se ele for este profissional, então neste novo mundo ele é um sujeito de grande importância e alcance sempre.

O jornal escrevia para o leitor. A marca de mídia terá, contudo, de estar com o consumidor em toda dimensão de sua cidadania informacional.

Nos países da OCDE, por exemplo, onde são altos os índices de leitura e de alfabetização digital, o tempo médio diário de um leitor com o jornal na mão é de apenas 22 minutos. Fica, no entanto, com seu computador ligado durante 8 horas por dia; seu celular por 16 horas.

No Brasil, a situação não é muito diferente. No futuro breve, jornais diários de grande circulação serão quase que sinais de subdesenvolvimento ou atraso digital de um país. Não é de estranhar que nos EUA, em 2008, mais pessoas obtiveram suas notícias gratuitamente na internet do que em jornais ou revistas pelas quais tenham pago algum dinheiro. Será que nesse mundo faz algum sentido o lema "all the news that’s fit to print", do The New York Times?

Talvez aí esteja a chave para o futuro dos jornais. Deixarão de ser "newspapers" em mais de um sentido, já que são derrotados ingloriamente na corrida tecnológica da notícia e nos custos (econômicos e ambientais) do papel.

De modo crescente - e irreversível -, as notícias (news) vão para o digital, para o tempo real gratuito e, onde houver aprofundamento e exclusividade, para um modelo pago e portanto economicamente sustentável.

E o papel? Os jornais se tornarão "journals". "Diários", a bem dizer, não como algo impresso a cada dia, mas na dimensão quase afetiva do objeto físico onde se depositam (Querido Diário, hoje eu...) impressões, análises e opiniões sobre aquilo que se vive e viveu. A Economist, "revista" mais influente do mundo, gosta de se definir como "journal".

No limite, a missão - e a chance - dos jornais impressos será rever o quotidiano com os olhos da razão. É isso. Rever. Jornais impressos serão revistas.

*CEO da Companhia Brasileira de Multimídia. E-mail: troyjo@jb.com.br

(Gazeta Mercantil/Pág. C8)

terça-feira, 14 de abril de 2009

O ser e o Tempo


por Viviane Lima

A existência humana não é um simples fato, existir, é habitar estaticamente na verdade do ser. Somos alguém e estamos no espaço, somos os espaço porque cada pessoa modifica o lugar que ocupa, em nenhum momento o universo tende a uma constante, nós não somos os mesmo de um segundo atrás, estamos em constante ebulição, passamos por ciclos, átomos estão em permanente movimento, mudamos intelectual e fisicamente.
O real é o tangível, mas é também o sentimento, nossos sonhos, real também é aquilo que não podemos tocar.
Não existe ser humano que deixe de produzir espaço, o ser humano é perpetuamente produtor de espaço, pois espaço é todo e tudo aquilo que imaginamos e criamos.
O tempo é uma mera convenção, o tempo é uma sucessão de espaços infinitos. O ser humano não é fixo nem constante. Kant diz que o espaço não pode ser percebido empiricamente porque o simples ato de situarmos alguma coisa "fora" de nós já pressupõe a representação do espaço. Se o homem compreende o mundo no interior da situação, é porque ele próprio está situado na compreensão do Ser.

"Eu modifiquei a natureza, a natureza e o espaço me modificou". Marcio Rodrigo

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Será o fim do jornalismo?




Por Fernando Richter


Semana passada, na aula de Comunicação Comparada, eu interrompi o professor Márcio Rodrigo e perguntei a ele:


“Professor, você acha que jornalismo impresso pode chegar ao fim?”


Instantaneamente a resposta dele foi sim. “Sem dúvida, meu caro Fernando Richter. À medida que a tecnologia vem tomando espaço e ganhando tamanha proporção no mundo, a tendência é que, em breve, não tenhamos o jornal impresso. Hoje, devido ao avanço da Internet, é possível você abrir um Notbook ou até mesmo um Palm Top, se conectar à rede mundial de informações e selecionar aquilo que lhe interessa, de forma mais prática e mais econômica, já que o papel tem um gasto absurdo, além prejudicar o meio ambiente.”, disse.


De certa forma, concordo com o que ele disse. Já pensou se, ao invés de carregar um monte de papeis, eu abrir o meu Lap Top e, apenas me conectando à internet, eu consiga ler tudo aquilo que me interessa? Ou até mesmo com o uso do IPhone que, no momento, é o portátil mais usado. Poxa, talvez fosse a forma mais fácil de me manter informado sobre tudo. Talvez... Mas nem tudo é mil maravilhas como parece.


Em seguida, tornei a perguntar:


- Então você é a favor do fim do jornal impresso? Ele me respondeu: “Caro Richter, não se trata de ser ou não a favor, mas sim de se adaptar aos avanços tecnológicos”.
Concordo também. Mas ainda não estou convencido de que sem o “impresso”, seremos mais felizes.


Já passou na cabeça de vocês de que, no País em que vivemos, tal fato poderia ser impossível de acontecer?


Vivemos num país de cultura subdesenvolvida, no qual não temos segurança nem dentro da nossa própria casa. Não podemos usar um relógio bonito, um tênis novo, um celular mais atual, um carro modelo mais recente etc. Somos assaltados na esquina da nossa moradia. Como nos adaptar a um novo mundo, se estamos, ainda, sob efeito do “Mito das Cavernas”? É algo de se pensar bastante.

Sem contar que, é mais fácil o jornalismo acabar do que nos adaptarmos. Como o próprio jornalismo sobreviveria diante de uma situação onde a informação deixou de ser paga para ser totalmente disponível ao “mundo”?


Também na semana passada, andei lendo em alguns blogs e percebi que jornalistas andam discutindo o futuro da profissão. A idéia é gerar cobrança aos conteúdos de sites jornalísticos. Em um seminário realizado na sede da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, o diretor de conteúdo do Estadão, Ricardo Gandour, defendeu essa hipótese alegando que o fechamento dos conteúdos ajudará as empresas jornalísticas a não morrerem, diante desse cenário de mudanças tecnológicas. “Todos os jornais devem fechar os conteúdos que, hoje, são totalmente gratuitos”, declarou Ricardo ao Comunique-se.


Claro que, por outro lado, existem opiniões diferentes sobre o assunto. Para Rodolfo Fernandes, diretor de Redação do O Globo, os jornais não necessitam de 'salvação'. “Duvido alguém convencer o meu filho a pagar por uma informação que ele está acostumado a ter de graça”, ironizou, acreditando que a internet deve ser vista como uma oportunidade para o aumento no número de leitores. Para ele, o jornal impresso ainda sustenta as operações online. “Ela, sozinha, não se sustenta. Existe uma grande defasagem entre o que a Internet traz de audiência e o que ela traz de receita”, afirma.


Ou seja, mesmo entre os próprios jornalistas, há uma divergência em pensamentos e opiniões.

Será que além do fim do jornal impresso corremos o risco de ver o fim do Jornalismo?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Será que ainda vivemos no Mito das Cavernas?

Por: Allyne de Antoni

Baseando-se no Mito da Caverna é possível fazer um contraponto à sociedade atual, mesmo as pessoas sendo livres para escolher aquilo que vão ler, escutar, assistir e até o que irão fazer nas suas horas de lazer. Essas estão vivendo em um comodismo, pois selecionam e classificam o que lhes agradam.

Devido esta circunstância estamos nos acostumando com informações fragmentadas, impossibilitando o raciocínio completo dos fatos.A mídia ajuda na formação de um público alienado, misturando o que é informação com entretenimento para conquistar audiência. As pessoas não possuem conhecimento suficiente para ir contra o entretenimento, portanto, absorvem e aceitam aquilo que é publicado.

Relacionando com o Mito da Caverna está difícil de enxergar a realidade, e se deparar com o "verdadeiro mundo", onde muitas vezes não nos damos conta do que realmente ocorre. Portanto, é necessário prestar atenção nas informações captadas para filtrar as partes mais relevantes.