domingo, 19 de abril de 2009

INTERTEXTUALIDADE

Vivemos em um mundo que está sempre em constante mudança, tudo ao nosso redor muda, inclusive os seres-humanos. Somos mudados com a música que escutamos, com o poema, com o livro que lemos, com o filme que vimos, com a fala e com a escuta, e nossa mudança faz com que transformemos o espaço. Somos o próprio espaço modificando o outro espaço que por consequência também nos modifica.
Tudo isso faz com que a nossa fala, a nossa escrita, o nosso discurso seja intertextual, um grande conjunto de “coisas”. É praticamente impossível escrever ou dizer “coisas” que sejam somente minha, pois somos aquilo que ouvimos da nossa mãe e do nosso pai, o que aprendemos com os amigos, o que vimos e o que lemos. Somos a mistura de todas as outras coisas que entraram em contato conosco, sejamos de acordo com elas ou não. E por isso quando escrevemos ou falamos, mencionamos filmes, escritores, filósofos e etc.
É como ler um bom livro e mencionar trechos dele ou ver um bom filme e fazer comentários sobre ele. Tudo ao nosso redor de certa forma influência na nossa escrita, nas nossas atitudes e no modo de pensar, e esse é o mundo da Intertextualidade, um texto com outros textos, não apenas porque validam nossos pensamentos, mas também porque passam a ser nossos pensamentos. A verdade é que o que era deles passa a ser nosso também e o que é nosso também passará a ser de outros. É um compartilhamento de ideias e de pensamentos, uma troca de conhecimento.
Este é o mundo da intertextualidade.


Nayelen Carvalho Lopes

Um comentário:

  1. Lembre-se: o centro contitutivo de qualquer discurso, em qualquer meio, é exterior a ele. Portanto, o intertexto é onipresente no mundo, desde que a humanidade se transformou pelo universo simbólico.

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