quinta-feira, 21 de maio de 2009

Robô controlado por ondas cerebrais




" São os sentidos e o cerebro que crescem para fora do corpo humano, estendendo seus tentáculos em novas conexões cujas fronteiras estamos longe de delimitar."

Lúcia Santaella


Uma nova tecnologia que permite controlar um robô, a mais de 1.500 quilómetros de distância, utilizando apenas ondas cerebrais e a visão, foi desenvolvida por cientistas portugueses e suíços e vai ser apresentada em Coimbra, avança a Lusa.

O projecto, coordenado por um investigador da Universidade de Coimbra, permite que um utilizador, na Suíça, com um computador e um dispositivo de eléctrodos na cabeça possa controlar uma máquina, em Portugal, por controlo remoto.

O cientista, na Suíça, «vê imagens de cá e reage lá», interagindo com o robô «sem teclas, apenas através de ondas cerebrais», disse este domingo à Agência Lusa Jorge Dias, investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
«É um sistema de feedback visual», acrescentou, frisando que o investigador suíço dá «ordens» ao robô com a visão, através de um sistema direccional que permite à máquina mover-se para a direita ou esquerda, para cima e para baixo.

Tecnologia com «forte impacto social»

Argumenta que é uma tecnologia com «forte impacto social» já que permitirá que pessoas com deficiências motoras muito graves possam obter mais autonomia no seu dia-a-dia.
«Com um simples e discreto dispositivo de eléctrodos, cidadãos com necessidades muito especiais, por exemplo, tetraplégicos ou acamados, terão autonomia para realizar tarefas quotidianas como atender o telefone, pedir ajuda, abrir a porta ou abrir o frigorífico», ilustrou Jorge Dias. Sublinhando que o conceito de comando de uma máquina através de ondas cerebrais «está provado e validado», Jorge Dias sustentou que «a grande dificuldade e desafio» do projecto passava por garantir «uma interface robusta» entre os dados cerebrais e o robô, o que foi conseguido.
«No máximo, dentro de 5 anos esta nova tecnologia será mais popular porque é financeiramente atractiva e sem dificuldade de manuseamento», destacou.
O projecto dos investigadores da FCTUC e Hospital Universidade de Genebra vai ser alvo de uma demonstração, terça-feira, pelas 10:30, no Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, situado no Pólo II da Universidade de Coimbra.
Maria Alves
Referencia:
Cultura das Mídias - Lúcia Santaella








Um comentário:

  1. Caros,

    Creio que a notícia é pertinennte para o blog. Mas há um excesso de reprodução de notícias, sem uma reflexão a partir do conteúdo teórico da disciplina ministrada.

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