segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sob o domínio das máquinas

Sob o domínio das máquinas
Para professor da USP, em dez anos, os computadores terão a mesma capacidade de raciocínio dos humanos
Publicado em 11/06/2003 - 02:0
Como é sua relação com seu computador? É você que o controla? Ou é ele que está no comando? Desde o final da década de 50, quando começaram a ser desenvolvidos os primeiros computadores, o Homem tem assistido o desenrolar de uma nova transformação, que supera tudo o que havia visto até então: a revolução digital. Cada vez mais, os humanos têm se tornado dependentes de dispositivos eletrônicos de comunicação, como computadores, celulares, internet. É deste ponto que parte o filme Matrix.
No contexto do filme, a dependência das máquinas chegou a tal ponto que estas se rebelaram e tomaram o controle do planeta. Pense, portanto, no uso que fazemos dos eletrônicos. Muitos deles, destinados a áreas específicas, se tornaram indispensáveis no dia-a-dia humano - como a TV e os videogames para o entretenimento, o celular e o computador para o trabalho. O desenvolvimento da tecnologia, porém, ainda está longe do fim, tende ao infinito, para chegar ao mesmo nível de inteligência do homem.
Segundo o coordenador do LSI/Poli (Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), João Zuffo, atualmente já temos máquinas que simulam os neurônios do cérebro humano. Um dos exemplos citados pelo cientista são os softwares que trabalham com reconhecimento de voz, que "aprendem" a identificar melhor a voz do usuário a cada utilização. Além destes, existem sistemas neurais aplicados na área financeira que funcionam como gerentes de recursos, avaliando possíveis riscos no mercado.
"Estes programas são mais eficientes que os operadores humanos. Isto porque analisam o mercado muito mais rápido e ainda aprendem com a experiência de maneira muito mais rápida. E isso já em 2003", conta Zuffo. O professor vai ainda mais longe. Para ele, a equiparação entre o funcionamento das máquinas com a capacidade humana não deve demorar para acontecer. Zuffo acredita que em dez anos a velocidade de comunicação de um supercomputador será a a mesma do cérebro. E, em vinte anos, a inteligência artificial pode ser idêntica à do homem.
O professor alerta, porém, que o avanço pode gerar problemas de origem social. Como já ocorreu em outras situações - na revolução industrial, por exemplo - o desempenho das máquinas pode fazer com que elas substituam o homem em funções específicas. Mais do que isso. Zuffo prevê que, com a interligação dos sistemas, estes devem até mesmo gerenciar a atividade profissional humana. "Hoje, as máquinas são visíveis a olho nu. A tendência, porém, é que fiquem cada vez menores e ocupem todo tipo de objeto - móveis, eletrodomésticos, carros, objetos pessoais, telefones. Isso vai gerar um grande sistema que permitirá a integração em uma grande rede para supervisionar os seres humanos", alerta. "A informática é, teoricamente, boa, mas, na realidade, ela pode provocar mazelas, como desemprego e pobreza", complementa Zuffo. Em contrapartida, o professor praticamente descarta uma "batalha" entre homens e máquinas. Mesmo porque o uso controlado das suas capacidades pode trazer soluções para diversos problemas, além de colaborar em pesquisas mais complexas, inclusive na área da saúde. "Não existe o perigo de instaurarem o terror da Matrix. Mas a tendência é de que disputem ainda mais com os humanos o mercado de trabalho e façam pesquisas que o homem não consegue fazer hoje - como a exploração espacial", finaliza.

Referências: site da Universia


Achei o texto acima interessante, fala sobre o que temos visto em sala de aula.
Uma questão que está sempre em discussão, haverá espaço para o ser humano e as máquinas? Sem dúvida como mostra o texto e as aulas que temos, as máquinas vem ganhando espaço e sendo aperfeiçoadas com muita rapidez, desde que a prensa foi inventada em 1450 na Alemanha por Gutemberg e permitiu entre outras coisas, que a bíblia pudesse chegar as mãos de pessoas comuns e a informação passou a ser coletiva.
Não importa se musculares, cerebrais,sensórias ou uma mistura delas, as máquinas estão aí , por mas que se diga que elas tomam o espaço do homem, que afastam as pessoas não se pode negar que nos tornarmos dependentes delas,pois “tornaram-se uma extensão do nosso corpo”.Se por um lado achamos mais fácil ligar para um amigo ou familiar ao invés de visitá-los pessoalmente e isso acaba aumentando a distancia por outro lado se temos alguém em outro país e não temos mesmo a opção de visitá-lo então o celular e outros meios acabam nos aproximando dessas pessoas, pois hoje, através desses meios é possível falar e ao mesmo tempo ver a pessoa que está do outro lado do mundo.
No filme inteligência artificial as máquinas beiram a perfeição o “garoto David ´s” passa a ter sentimento por seres humanos e em uma parte do filme consegue até chorar.Como se realmente as máquinas tivessem nos substituindo.
Mas a questão é, existirá então espaço para os seres humanos e as máquinas, que ocupam cada vez mais o espaço desse humano, pois bem, parece pouco provável que o ser humano perca seu espaço no mundo para as máquinas, a mente humana é intangível e por mais perfeitas que as maquinas sejam elas são pensadas por seres humanos, elas podem criar mas é o ser humano que consome os produtos produzidos por elas .



Por Matilde Ap. Freitas

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