quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um negócio de ouro: quem precisa da indústria fonográfica?

Grandes astros reafirmam fama e lucram através de shows

Há algum tempo na história do mundo, as pessoas escutavam suas músicas favoritas através do LP (Long Play). Desenvolvido no início da década de 1950, este material feito de vinil reproduzia músicas através de um toca-discos. Foi o que impressionou nossos avós e nossos pais por um bom tempo. Aproximadamente 13 anos depois, surge a fita cassete para gravação de áudio, lançada oficialmente pela empresa holandesa Philips. Gravadores com áudio da Philips já eram portáteis e no final dos anos 70 com a invenção dos walkman, houve uma expansão do som individual.

Em 1979, nossos pais conheceram o CD Compact Disc “disco compacto”. É um meio popular de armazenamento de dados digitais, sua tecnologia foi expandida para gravação de softwares de computador e é uma tecnologia semelhante à dos DVD. O Digital Video Disc ou Digital Versatile Disc, que possui uma capacidade de armazenamento maior que a do CD devido uma tecnologia superior. Por muito tempo esses suportes fizeram parte da vida de alguns de nós. Há uma rapidez, uma velocidade extrema nas atualizações de suportes tecnológicos, com a chegada da Internet, nossas músicas favoritas estão entre sites e vídeos. Não é mais necessário comprar um CD se podemos ter os materiais que quisermos fazendo um simples download. Hoje mesmo, entrei no trem e um rapaz estava assistindo os novos desenhos do Batman por um Console portátil da Sony, disse à amiga que baixou a animação na Internet.


Atentas às novidades tecnológicas as empresas que promovem shows estão em sinal de alerta. Trazem para o Brasil grandes ícones musicais, como a Madonna, que voltou ao Brasil depois de 10 anos. Visto que CD’s, álbuns e DVD’s atraem somente os colecionadores, essas casas de entretenimento buscam trazer o “velho”, impactante e inovado show para os fãs de carteirinha. A empresa Time For Fan, a mesma que promoveu o show da Madonna no Rio de Janeiro e em São Paulo, também pretende trazer U2 e Jon Bon Jovi ainda este ano. Mais um reflexo da decadência da indústria fonográfica.


Semelhantemente ao processo de democratização das músicas pela Internet, as notícias também estão democratizadas, de tal maneira que os jornais estão sendo extintos dos papéis. Um exemplo disso é o jornal norte-americano Tucson Citizen, que após 138 anos teve sua última edição impressa no final de semana passado. O periódico será on-line.


Outro jornal que também deixará de circular, será o Ann Arbor News de Michigan, não terá mais edição impressa a partir do mês de julho, após 174 anos de existência.
Como reflexo dessa perda de suportes, a indústria fonográfica também sofre com a facilidade que a Internet proporciona aos amantes de música. Com isso, as apresentações de 'super stars' vêm crescendo significativamente. Não só o Brasil, mas outros países buscam promover grandes shows. Uma turnê em Londres do pop-star norte-americano Michael Jackson já está programada.


A temporada londrina, intitulada "This Is It", começa no dia 8 de julho, na Arena 02, e seguirá até fevereiro de 2010. Jackson não faz show em turnê há 13 anos, e porque voltar agora? Simplesmente porque a temporada pode render ao astro US$ 50 milhões.

Por Analina Arouche

Referências bibliográficas
Portal UOL - http://musica.uol.com.br/ultnot/2009/05/19/ult89u10645.jhtm - 19/05/2009
Abril.com - http://www.abril.com.br/noticias/diversao/time-for-fun-pode-trazer-u2-bon-jovi-este-ano-ao-pais-470307.shtml - 14/05/2009
AdNews “Movido pela notícia” - http://www.adnews.com.br/midia.php?id=88373

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