quinta-feira, 7 de maio de 2009

Vida longa aos jornais impressos

por Maraiane Silva

Desde a chegada da internet ao Brasil, aproximadamente em 1995, que os adeptos ao jornalismo impresso seguem com um dilema: “Será o fim do jornal impresso?”. Para alguns estudiosos a extinção do jornal ocorrerá em no máximo 15 anos, isso porque as notícias que saem pela manhã nas manchetes dos principais jornais, são exatamente as mesmas reportagens que aparecem no dia anterior nos telejornais de todo o mundo. Agora, se a TV era inimiga dos jornais, imagina com a expanção da internet por todo o país?




Na web as notícias são publicadas quase que em tempo real e são atualizadas a todo momento. Mas, estes furos de reportagem não estão sujeitos a mais erros? Sim estão, a busca por “furos” faz com que a intenção dos repórteres seja a de mostrar primeiro a matéria antes dos outros meios de comunicação, e não o compromisso com a notícia verídica.

Vocês devem estar se perguntando: Mas com o jornal impresso isso também não ocorre? Sim ocorre. Mas o que é mais fácil, errar numa matéria que vai para as bancas na manhã seguinte ou numa matéria que vai para o ar em 5 minutos?

Venho observando que o povo brasileiro gosta de estar informado o tempo todo e sobre tudo, quantas vezes você já não viu uma aglomeração de pessoas diante de uma banca de jornal lendo as principais manchetes do dia? Eu vejo essa cena o tempo todo.

Isso só me faz reforçar a idéia de que falta criatividade para os donos desses jornais .O problema não é o objeto jornal, mais o jornal ruim, o jornal que parou no tempo, o jornal que informa coisas que seus leitores já sabem .E ainda cobram o equivalente a um litro de leite ou a uma cerveja por exemplar de notícia velha.
O jornal tem que explicar para o leitor, traduzir a enorme quantidade de notícias, em informação útil para olhos dos cidadãos.

Os jornais impressos tem mais credibilidade que outros meios de comunicação, agora os proprietários não podem ficar aguardando as falas dos âncoras para saber qual será a manchete do dia seguinte. Eles têm que trazer o “algo a mais”, o “why”, dos questionamentos. Por exemplo, fim de campeonato e o seu time ganha, você como torcedor fanático não vai se contentar com uma matéria de 30 segundos que vai passar no Jornal Nacional à noite, mais sim passar em alguma banca de jornal e comprar o exemplar que esteja falando da vitória do seu time.

O fim de jornais ruins e mal administrados está chegando, mas quem souber ter uma dose de criatividade e ousadia, poderá salvar uma das mais antigas formas de comunicação da sociedade.

4 comentários:

  1. ♦♦ Oi mari

    confesso que particulamente sempre odiei o formato do jornal impresso, não tenho coordenção motora sacas? hehehe
    mas tenho que discordar de vc gata, pois por mais que haja uma certa tradição em se ler jornal, a tecnologia não tarda a substituí-lo.
    Ao invés de ficarmos na frente das bancas de jornal lendo às principais manchetes do dia, poderemos recebé-las A qualquer hora gratuitamente no celular e escolher a que vc quer comprar para ler na íntegra!

    BJ BJ ♦♦

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  2. Eu acho que a vida já foi longa e agora segue para a 'quase morte'...
    Os jonais impressos estão tendo a circulação reduzida, e várias redações estão 'cortando' funcionários... Muita das coisas que precisavam de cinco pessoas para serem feitas, foram reduzidas para duas ou apenas uma com a tecnologia. Também, destaco que existem revistas especializadas para diversos assuntos (creio que quese todos)e isso faz com que o leitor que queira uma notícia traduzida e com uma boa quantidade de informação útil, pode encontrar em outros meios.

    Analina Arouche ^^

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  3. Oi Mari, acho muito legal o seu saudosismo em relação ao jornal impresso, ele comprova que você escolheu a profição certa. Só que em minha opinião, o jornal impresso não foi extinto ainda porque as novas tecnologias são muito caras e o acesso a internet idem, mas no dia em que esse cidadão que gosta de está bem informado, poder pagar pela praticidade de ter um notebook e uma internet móvel, será o fim do jornalismo impresso. E não podemos nos esquecer, de um outro fator importante, que é a questão ambiental. O seu texto me fez lembrar uma aula do Mrcio Rodrigo em que ele disse: "Chegará o dia em que o jornal e arevista que carregamos em embaixo do braço serão substituidos por um notebook".
    Muito bom seu texto Mari, bjs!
    Luis Leite

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  4. Você tem razão num ponto: vai sobreviver a empresa jornalística que trouxer informação diferenciada, que se distingua no mar da mesmice informacional trazido pela convivência e convergência das mídias.

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